sexta-feira, 7 de setembro de 2012

MERCADO DA BOLA: Rodrigão está sem clube e pode migrar para Vôlei de Praia

Campeão olímpico Rodrigão está sem clube e pode migrar para vôlei de praia

Dono de 3 medalhas olímpicas (ouro em Atenas 2004, Prata em Pequim 2008 e Londres 2012, o campeão olímpico Rodrigão está sem clube, e desde que retornou da disputa dos jogos olímpicos de Londres com a seleção brasileira está em dúvida entre seguir na quadra ou ir para a praia, onde pretende disputar as Olimpíadas do Rio 2016.

Além das medalhas olímpicas, Rodrigão tem em seu currículo oito títulos da Liga Mundial, três do Campeonato Mundial, dois da Copa do Mundo e um dos Jogos Pan-americanos com a Seleção.

- No vôlei, eu estou pensando seriamente. Não é só a falta de clubes. Claro, isso realmente complicou neste ano. Eu tenho um ranking de 7 pontos. Não são todos os times que podem contratar. Tem um limite de 32 pontos (por equipe), um jogador como eu "atrapalha" no ranking. Não pode ter mais de três jogadores neste nível por clube e você não pode estourar os 32 pontos. Teoricamente, os jogadores que chegam ao topo são prejudicados pela regra - lamentou o experiente atleta.

Rodrigão acredita que seu desempenho na última temporada, quando sofreu uma lesão e acabou disputando menos jogos, seja um fator que pode prejudicá-lo na hora de encontrar um novo time.

- Infelizmente, me encontro nesta situação. Ano passado não foi um ano bom. Me machuquei, tinha que me recuperar. Eu jogava a Superliga ou as Olimpíadas. Eu tive que escolher me recuperar durante o tempo de clube para estar nos jogos olímpicos. Neste ano fiquei nesta situação difícil.

A família é outro motivo que faz o meio-de-rede pensar sobre os próximos passos no esporte. Morando em Santos, no litoral de São Paulo, ele comentou que não quer passar mais tanto tempo longe de casa.

- Não estou querendo muito sair de Santos. Quero continuar por aqui, estar mais em casa. Me dediquei a seleção durante 12 anos, sempre viajando e jogando fora. Atuei em São Paulo no ano passado (pelo SESI). Falam que é pertinho, mas não tem condições de voltar para cá. É trânsito e viagem para um cara que depende do corpo 100%. Ficava lá em São Paulo, num flat, a semana inteira longe da minha casa, da minha família e isso acabava me atrapalhando.

Para conquistar o objetivo de não ficar mais longe da família, o atleta tentou montar uma equipe de vôlei em Santos. Entretanto, Rodrigão esbarrou num problema comum dentro do esporte: a falta de patrocínio

- Tentei, com todas as minhas forças, arrumar patrocinadores para montar um time de vôlei aqui em Santos. Exatamente para não ter que sair de casa. Meu maior prazer é poder treinar e voltar para minha casa. Eu tentei arrumar patrocínio pro time daqui mas não consegui. Algumas empresas ficaram de me dar resposta, mas até hoje nada. É difícil sozinho, não é fácil.
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